A juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cruz Alta, Fernanda de Melo Abicht, pronunciou os réus Adelar Duarte, de 48 anos de idade, Adão Nilco Pereira, de 41 anos, e Fabrício Vaz Gonçalves, de 34, a fim de serem submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri de Cruz Alta, em tese, pelos seguintes crimes;
- lesão corporal (duas vezes)
- sequestro e cárcere privado (duas vezes)
- tortura
- homicídio qualificado
- ocultação de cadáver
- associação criminosa, na forma do concurso material e de pessoas
- crimes relacionados à lei das armas e receptação.
Segundo o Ministério Público (MP), todos os crimes foram praticados pelos réus no mês de dezembro de 2014, em Ijuí e Cruz Alta.
Relata o MP que, na época, dois dos crimes mais violentos e com requintes de crueldade foram praticados pelos réus.
Mesmo estando (em tese) em prisão domiciliar em Giruá, o mentor Adelar Duarte foi a Cruz Alta, na casa da ex-companheira, Cláudia Cristina de Jesus, 43 anos, onde a torturou e a matou.
O corpo foi encontrado em 10 de dezembro de 2014, dentro da residência. O motivo seria uma suposta traição.
Depois disso, Duarte teria se deslocado para Ijuí e passado a monitorar Angelin Della Flora, 57 anos, que para ele seria o amante de Cláudia. Ele teria planejado a morte da vítima e contratado pelo menos quatro pessoas para ajudá-lo (os outros réus).
O grupo teria sequestrado Angelin em Ijuí, no dia 15 de dezembro de 2014, e levado para Cruz Alta, onde foi amarrado em uma árvore, torturado e morto.
O corpo da vítima foi encontrado quatro dias depois, no lago da barragem de Passo Real, em Salto do Jacuí.
Foram autorizadas e realizadas buscas em uma chácara onde Duarte estaria escondido. No local, foi apreendida uma filmadora que continha vídeos mostrando as agressões, tortura e morte de Angelin. Duarte foi preso dias depois.