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Réu por mortes de tio e sobrinho vai a Júri em Catuípe; defesa busca absolvição pela legítima defesa

Valcir Bortolotti será julgado nesta terça (21), a partir das 9h, pelas mortes a tiros de Luís Carlos da Silva e Tiago da Silva [4.fev.17]. Criminalista José Elias da Silva atua na defesa.

Matéria Publicada em: 18/05/2019
Criminalista José Elias da Silva, de Ijuí, atua na defesa do réu. Foto: Abel Oliveira/Arquivo.

O Tribunal Popular do Júri da Comarca de Catuípe se reúne nesta terça-feira (21), a partir das 9h, para o julgamento de Valcir Bortolotti, de 36 anos, acusado de duplo homicídio qualificado (motivo torpe).

Os crimes pelos quais reponde o réu aconteceram na data de 4 de fevereiro de 2017, por volta das 19h30, na localidade de Engenho Velho, zona rural do município de Catuípe.

Na oportunidade, de acordo o ministério Público (MP), o réu matou a tiros de revólver calibre 22 as vítimas Luís Carlos da Silva, aos 37 anos, e Tiago da Silva, aos 20, tio e sobrinho respectivamente.

Narra o MP que os fatos aconteceram após uma desavença entre réu e vítimas em uma cancha de bochas. O atirador teria se ausentado do local e buscado a arma em casa. No caminho de volta teria encontrado o tio e o sobrinho, quando estes, então, foram baleados e não resistiram.

O MP agrava sua acusação qualificando a motivação dos crimes pelo motivo torpe, “pois o móvel da sua conduta foi o desejo de vingança em razão de uma discussão com as vítimas, bem como furtos que estas [vítimas] supostamente tinham praticado em sua residência”.

A defesa

O advogado criminalista José Elias da Silva vai pedir a absolvição do réu.

Ouvido pela reportagem do Ijuí News, o defensor disse que seu cliente agiu em legítima defesa.

Para o criminalista o réu não tinha nenhuma intenção de cometer os crimes. José Elias explica que houve uma discussão inicial no banheiro do ‘bolicho’, onde a vítima Tiago teria agarrado o réu e lhe pedido R$ 100. O réu teria escapado e ido para casa. Lá, ao dar falta de sua carteira, resolveu voltar para buscá-la.

A defesa diz que réu e vítimas se encontraram pelo caminho, momento em que os fatos aconteceram.

José Elias destaca que, de acordo com seu cliente, a vítima Tiago, transitando a pé, abordou o trator do réu, subiu nele e o agarrou dizendo “é a tua hora”.

“Quando estava sendo sufocado, o réu conseguiu apanhar a arma que estava em baixo do banco do trator e atirar. O tio de Tiago, a vítima Luís Carlos, surgiu em seguida. Ele saiu de um capão de mato e ergueu uma das mãos em direção ao trator do réu. Ele suspeitou que o Luís pudesse estar armado e atirou contra este também... as vítimas já tinham, inclusive, entrado para praticar furto na casa do réu”, explica José Elias da Silva. 

Uma testemunha do caso, um policial militar (PM) ouvido no processo, foi quem se deslocou ao local dos fatos e reconheceu os mortos. Depondo em juízo, o PM disse que conhecia as vítimas Tiago e Luís por envolvimento deles em ocorrências de furtos. Destacou que a vítima Luís Carlos, inclusive, em fato no passado, havia deixado a própria irmã paralítica.   

Twitter - @IjuíNews 

Imagens/Fotos/Vídeos: Abel Oliveira - Cópias não autorizadas - Lei nº 9.610/98.

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