O motorista que teria provocado um acidente na ERS-522, no trecho entre Ijuí e Augusto Pestana, na noite de sábado (28), supostamente por estar embriagado, vai responder em liberdade.
Notícia do acidente
Motorista bêbado provoca acidente na ERS-522 e vai preso: carros incendiaram e família ficou ferida
João Carlos Pereira Dias, 47 anos, morador de Vila Rosário, interior de Augusto Pestana, acompanhado de seu advogado, o criminalista José Elias da Silva, compareceu à audiência de custódia no plantão judiciário de Ijuí na tarde dessa quinta-feira (2), e negou estar bêbado no momento do acidente.
Naquela noite de sábado, João Dias dirigia um Fiat/Uno em direção a Ijuí, quando, segundo a Polícia, teria invadido a pista contrária e provocado colisão frontal com um VW/Gol, de Jóia, por volta das 20h30min, nas proximidades da localidade de Barreiro.
O Uno de Dias pegou fogo. As chamas atingiram também o Gol, em que estava uma família de Jóia; quatro pessoas, entre elas uma criança de 6 anos, que receberam atendimento médico e passam bem.
Ainda na noite dos fatos, João Carlos Pereira Dias foi autuado em flagrante por embriaguez ao volante, crime apontado por meio de prova física, não por bafômetro.
O motorista nega veementemente a embriaguez.
Com dificuldade para falar, devido aos ferimentos/cortes na boca, entre outras escoriações pelo corpo, João Dias, através de seu advogado José Elias, deu sua versão sobre o acidente ao Ijuí News.
Disse que não realizou o teste do bafômetro por estar com a boca e a língua ‘cortadas’, além de estar tonto e de pensamento confuso em decorrência da batida, não da ingestão de álcool.
Sobre o que teria provocado a invasão da pista contrária, fato relatado pela Polícia na ocorrência, respondeu que não sabe ao certo o exato momento em que perdeu a direção do carro, mas lembra bem que foi quando teve sua visão atingida/ofuscada/prejudicada pela ‘luz alta’ do veículo que vinha no sentido oposto ao seu.
O criminalista José Elias da Silva assegura que os próprios ferimentos na boca e a violência da batida, tendo os carros se incendiado, já coloca em dúvida a palavra da Polícia em afirmar que o motorista ‘não tinha sequer condições de soprar no bocal do bafômetro’. Da mesma forma, “é crível a versão dele sobre as tonturas e incoerência na fala, afinal, estava saindo de um acidente de gravidade considerável”, explicou o defensor.
Fotos: Abel Oliveira / Cópias não autorizadas - Lei nº 9.610/98.