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À TV Globo, delegado diz que alto escalão do HCI coagiu testemunhas no caso dos remédios roubados

Depois de matéria no Fantástico desse domingo, 19, na Globo, a RBS TV ampliou hoje o tema e a fala do delegado responsável pelo inquérito, que corre em segredo de Justiça.

Matéria Publicada em: 20/01/2020
Delegado Tiago Baldin (E) em sua posse na DPR de Ijuí (13 de julho de 2018). Foto: Abel Oliveira/Arquivo.

O delegado Tiago Madalosso Baldin, responsável pelo inquérito que investiga a localização em dependências do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) de remédios roubados, concedeu entrevista ao programa Fantástico da Globo, matéria veiculada nesse domingo, 19.

A RBS TV, afiliada da Globo, ampliou a fala do delegado nesta segunda-feira, no programa Jornal do Almoço (JA). Na reprodução da entrevista ampliada, o delegado explica o afastamento do presidente do HCI e de outros integrantes do alto escalão do comando do hospital:

Pessoas que compunham o alto escalão estavam constrangendo os trabalhadores para que aqueles que já haviam prestado depoimento procurassem a Polícia pra (sic) alterar os seus depoimentos... e também aqueles que ainda não haviam prestado depoimento para que não falassem nada que pudesse agravar ou prejudicar a situação dos investigados sob pena de demissão sumária... além da expectativa, da esperança de vida daquelas pessoas, simplesmente jogam mais de R$ 600 mil pela lata de lixo, mais do que isso fomentando o crime organizado de roubo de cargas de medicamentos”.

A direção do hospital não se manifestou sobre o caso, segundo ela, porque corre em segredo de Justiça. Um dos advogados do grupo investigado se mostrou surpreso com as afirmações do delegado, uma vez que seu cliente nem sequer foi ouvido na Polícia, que teria pedido prorrogação de prazo para a conclusão das investigações.

A Polícia Civil (PC) desencadeou operação em dependências do HCI, na data de 1º de novembro de 2019, quando apreendeu remédios para tratamento de câncer OPDIVO (nivolumabe), avaliados em R$ 600 mil, parte de roubo de carga tomada por bandidos armados dias antes, em Muriaé (MG).

Em decorrência da localização dos medicamentos, a Polícia deteve, autuou em flagrante e pediu a prisão de dois funcionários, Edemar da Cruz (compras) e Ivone F. W. Siqueira (financeiro). eles respondem em liberdade.

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Imagens/Fotos/Vídeos: Abel Oliveira - Cópias não autorizadas - Lei nº 9.610/98.

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