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Mãe que guardou recém-nascido morto em casa deixa o HCI; Ijuí News teve acesso a uma versão dela

T.R.V.M, de 20 anos, foi autuada em flagrante por ocultação de cadáver, na data da localização do corpo da bebê (14.abr.20), no habitacional Júlio Taube. Um dia depois, ela recebeu a soltura da Justiça, mas permaneceu hospitalizada.

Matéria Publicada em: 24/04/2020
No destaque, a sacola onde foi encontrado o corpo da bebê, e o momento da retirada do corpo pela funerária. Fotos: Abel Oliveira/ Jânio Fernandes.

A jovem de iniciais T.R.V.M, de 20 anos, autuada em flagrante  por ocultação de cadáver de um recém-nascido, fato registrado no dia 14 deste mês em um apartamento do Habitacional Júlio Taube, deu alta da ala psiquiátrica do HCI. Na manhã desta sexta-feira, 24, ela foi para a casa da mãe, moradora do bairro Getúlio Vargas.

A moça foi atuada pela Polícia logo após a localização do corpo da bebê, que estava enrolado em cobertor dentro de uma sacola. Escoltada, a parturiente foi internada no hospital.

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Um dia depois, a Justiça recebeu o auto de prisão e expediu o alvará de soltura da indiciada, que, mesmo livre, permaneceu em tratamento hospitalar.

No dia dos fatos, testemunhas relataram à reportagem do Ijuí News a suspeita de que a moça tivesse matado a neném dias antes e escondido o corpo no apartamento. Disseram que a moradora não aceitava a gravidez. Pela narrativa das testemunhas, a mulher teria dado à luz três dias antes da localização do corpo, e ficado com ele guardado.

O Ijuí News teve acesso a uma versão de T.R.V.M sobre os fatos, quando ela diz que:

(Síntese) - “... não tinha sintomas de gravidez... não sentiu contrações... quando viu a bebê nascida, entrou em choque... a bebê chorou muito... assim que voltou a si, ela não chorava mais... então levantou para lavar a bebê... não sabia mais o que fazer... ficou com medo de contar às pessoas, pois ninguém aceitava a bebê como a primeira [tem uma filha de 2 anos]... a gravidez foi decorrente de abuso sexual... guardou o corpo na mochila, pois não sabia mais o que fazer... ficou com medo de perder a guarda da &*&*& [primeira filha]
 

A Justiça aguarda a conclusão do inquérito policial. Inicialmente, a  mulher é investigada por ocultação de cadáver, mas, caso algum exame sugira morte provocada, poderá responder pelo crime de infanticídio (Assassínio de uma criança, particularmente de um recém-nascido); doloso, com intenção de matar, ou culposo, assumindo o risco.

Imagens/fotos e vídeos: Abel Oliveira / Cópias não autorizadas - Lei nº 9.610/98.

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