A Comarca de Ijuí realizou nessa terça-feira (11) a primeira Sessão do Tribunal do Júri durante a pandemia do novo coronavírus. O julgamento foi presidido pelo juiz Eduardo Giovelli. Todas as medidas de prevenção à contaminação pela Covid-19 foram observadas.
O réu Edvaldo Gomes Toledo, de 59 anos de idade, restou condenado a cumprir 12 anos de reclusão, no regime inicial fechado, por três tentativas de homicídio qualificadas cometidas no ambiente familiar – contra a companheira, filha e genro, em fatos distintos. Edvaldo Toledo era preso preventivo até o júri, e seguirá recolhido após a sentença de 1º Grau. A tese defensiva foi apresentada aos jurados pela Defensora Pública Criminal Carla Schöffel Lizot.
O Ministério Público (MP) convenceu o Conselho de Sentença de que entre os meses de setembro e outubro do ano de 2017 o réu tentou matar a esposa, a filha e o genro em Ijuí.
O promotor de justiça criminal Valério Cogo sustentou a tese de que Edvaldo Toledo cometeu as tentativas de mortes com qualificadoras de recurso de dificuldade de defesa (ataque de surpresa) e feminicídio e motivo torpe (apenas no caso relativo à esposa).
A denúncia apresentada pelo MP aponta que o primeiro crime aconteceu contra a mulher, na manhã 12 de setembro de 2017, quando Toledo a atacou com uma faca dentro do carro em que estavam. Ele desconfiava que a companheira o traía. A mulher conseguiu evitar com a mão o golpe contra o peito e, ato contínuo, saltou do automóvel em movimento para fugir de outra agressão. O casal tinha 35 anos de convivência e três filhos.
Foi pouco mais de um mês depois (em 20/10) que os outros dois crimes aconteceram, ainda conforme a denúncia. O réu foi à casa da filha - supostamente atrás da esposa - e, de surpresa, atacou inicialmente o genro com um golpe de marreta e com uma chave de fenda. Quando a filha interveio, também foi atingida com uma marretada na cabeça.
Twitter | Repórter Abel Oliveira
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