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Nova direção do HCI dispensa serviços do médico oncologista Aníbal Nogueira

O comunicado do cancelamento dos contratos do médico com o hospital foi feito nesta quarta (28). Aníbal Nogueira foi candidato à presidência do HCI: “A retaliação já era esperada”, diz o oncologista.

Matéria Publicada em: 28/10/2020
Médico Oncologista Aníbal Nogueira. Foto: reprodução/Arquivo/Vídeo.

O médico oncologista Aníbal Nogueira recebeu, nesta quarta-feira (28), da nova direção do Hospital de Caridade Ijuí (HCI), o comunicado de rescisão de contratos de serviços prestados ao hospital.

Na comunicação da direção do hospital, os contratos cancelados são com a empresa SEPAM (Aníbal é sócio da empresa), e Ceclin, que prestam serviços de acompanhamento médico de consultas de pacientes em quimioterapia ambulatorial no Cacon.

De acordo com o médico Aníbal Nogueira, a direção do hospital não formalizou qualquer irregularidade para justificar o cancelamento dos contratos.

Durante o dia, o médico concedeu várias entrevistas às rádios locais. Em uma delas, na Rádio Repórter, afirmou que vai ajuizar ação de calúnia e difamação na justiça cível e crime contra o atual presidente da AHCI por relatos públicos dele alegando que as rescisões se deram por duplicidade de contratos, e que o médico estaria recebendo em dobro. "Vai ter que provar".

Veja o que disse o médico Aníbal Nogueira em entrevista à Rádio Repórter.

“Não é surpresa, nós até esperávamos, pois conhecemos o modus operandi dessas pessoas, que é a retaliação. É clara a retaliação ao processo eleitoral, é lamentável esse tipo de atitude, atitude ligada à velha política. Mais lamentável ainda é o presidente do hospital dizer à imprensa (teria falado à Rádio Progresso) de que se trata de contrato em duplicidade, que eu ganhava o dobro do que eu fazia. O senhor presidente vai ter que responder isso na Justiça, na civil e na criminal, pois estou fazendo o boletim de ocorrência policial por difamação e calúnia. Se meus contratos estavam irregulares, porque ele existe desde 2006? Em 2005 eu comecei a atender os pacientes no Cacon sem contrato nenhum, tínhamos relação de confiança com o hospital e há vários médicos que atendem sem contrato nenhum. Vão atendendo com contrato firmado de palavra. Em 2006 o serviço foi formalizado por contrato. É absurdo que eles queiram dar uma sensação de ética. Uma coisa é o Aníbal oncologista, outra é o Aníbal clínico geral. Eu passei a ser oncologista em 2018, até então eu era clínico geral, eu fui contratado pelo Cacon para fazer os atendimentos clínicos do Cacon, assim como o Cacon tem contratado um cirurgião de cabeça e pescoço, um cirurgião oncológico, um ginecologista, um cirurgião proctologista, um urologista, e eu fui contratado como clínico, e foi montado esse ambulatório de clínica, onde eu vejo, acompanho, mais de três mil pacientes clínicos nele, previsto na portaria que regulamenta o Cacon, em dar suporte aos pacientes de quimioterapia, independente de quem seja o médico do paciente, numa eventual intercorrência. Não recebi em dobro de ninguém, recebi por três contratos, um pra fazer o ambulatório, um para as intercorrências de quimioterapia e um para dar assistência aos pacientes internados. Essa retaliação não é só comigo, isso é só um recado que eles estão passando que, se o doutor Aníbal, que foi candidato a presidente do hospital, que obteve 49,3% dos votos, que representa a metade dos associados do hospital, está sendo demitido, imagine o que pode acontecer com o funcionário mais humilde do hospital, é para afronta, retaliação, um recado, calem-se. Não há nada formalizado sobre a rescisão dos contratos dos meus serviços. O presidente não formalizou a tal duplicidade. Na Oncostat, do médico Fábio Franke, não tenho contrato. No ambulatório de quimioterapia, o Fábio e o Edilson têm contrato em comum de exclusividade no tratamento da quimioterapia. Somente eles podem receber de forma diferenciada do HCI, e eles podem colocar pessoas para atender no lugar deles e remunerar como quiserem. Eu tenho contrato verbal com o doutor Fábio, onde as quimioterapias que eu prescrevo, vão cair na conta dele, e ele depois me repassa. O hospital recebe do Ministério da Saúde pelos meus atendimentos, o hospital é o intermediário, mas não me repassa esses valores que saem lá do orçamento da União e vão para o Ministério da Saúde, já em nome do médico Aníbal, e não me repassa esses valores desde outubro de 2018, e olha que atendo cerca de três mil pacientes por mês (R$ 7 cada atendimento).

Twitter | Repórter Abel Oliveira

Imagens/fotos e vídeos: Abel Oliveira / Cópias não autorizadas - Lei nº 9.610/98.

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