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Caso Milena: “Provas de DNA são favoráveis à defesa do investigado”, diz criminalista

Advogado do adolescente internado sob acusação do estupro seguido de morte de Milena Schreiber, Guilherme Kuhn acredita que derrubará a acusação. “Não houve premeditação, eles eram namorados”.

Matéria Publicada em: 02/03/2021
Criminalista Guilherme Kuhn, advogado de defesa do suspeito. Foto: Divulgação.

O advogado criminalista Guilherme Kuhn soltou nota sobre a internação por ordem judicial de seu cliente, um adolescente, de 17 anos, investigado por suposto ato infracional de crime análogo ao estupro seguido de morte da menina Milena Eduarda Deckert Schreiber, aos 15 anos, fatos da data de 20 de setembro de 2020, na zona rural de Ijuí.

Para o advogado, os exames de DNA são favoráveis à defesa, o que será esclarecido, pois solicitará o levantamento do segredo de Justiça do caso para poder se menifestar. “Não há que se falar em premeditação, pois eles eram namorados, e existem elementos suficientes para comprovar que a relação foi consensual”, explica o advogado.

Veja a nota

A internação é medida descabida, mas, independentemente disso, a Defesa respeita o Poder Judiciário e o Adolescente continuará como sempre esteve: à disposição da justiça para esclarecer os fatos.

Infelizmente, muitas informações falsas foram apresentadas e tantas outras foram distorcidas, jogadas à mídia de maneira completamente equivocada, violando - impunemente - o segredo de justiça.

Não é justo que as pessoas que, realmente, conheçam o Adolescente, que conviveram com ele, que saibam quem ele é, sejam contaminadas por afirmações descontextualizadas.

Enquanto Advogado Criminalista, ao contrário do que muitos pensam, a minha consciência, os meus valores, a minha ética, não estão à venda. E é por isso que, desde o primeiro momento, esta Defesa respeitou o segredo de justiça, apesar dos vazamentos que foram feitos, apesar dos ataques veiculados, apesar das divulgações distorcidas de conteúdo, apesar das entrevistas realizadas, a Defesa do Adolescente sempre respeitou o Poder Judiciário e esteve à disposição da justiça.

Desta forma, não é permitido, enquanto Defensor do Adolescente, que eu venha às mídias e redes sociais e apresente provas e discuta fatos (tampouco seria o lugar adequado para isso, afinal, Jornal não é Fórum), apontando, por exemplo, que não se tem dúvidas de que o Adolescente e a Milena eram sim namorados, que se tem provas irrefutáveis disso, que as pessoas tinham conhecimento da existência deste relacionamento e que isso foi ocultado intencionalmente por determinadas pessoas.

Não é permitido à Defesa registrar o equívoco das informações que foram lançadas com base em provas de DNA (as quais, inclusive, ao contrário do que muitos pensam, são favoráveis à defesa, o que precisa ser esclarecido) e demais laudos, porque existe um segredo de justiça, que, apesar de não ter sido respeitado por algumas pessoas (que gravaram vídeos, realizaram entrevistas e divulgaram dados e informações do caso, de maneira distorcida, violando a lei e o Poder Judiciário), este Advogado sempre respeitou.

Não é permitido à Defesa, em razão do segredo de justiça, esclarecer que não há que se falar em “premeditação”, que isso não faz o menor sentido, afinal, quem “premedita”, não socorre, além de que, quando a relação é consentida (e existem provas disso), não há necessidade de “premeditar” coisa alguma.

E é, justamente, por essas razões, a fim de demonstrar a inocência do Adolescente, que pedirei o levantamento do segredo de justiça (nos limites da petição), apontando e discriminando, assim, as distorções veiculadas e as falsas informações que foram lançadas, induzindo diversas pessoas em erro.

A Defesa quer falar… A intenção é expor todos os elementos e demonstrar que o que se busca é a verdade, apenas e nada mais do que a verdade. Ela pode até demorar, mas vai aparecer… a verdade sempre aparece!

Guilherme Kuhn,

Advogado Criminalista.

Twitter | Repórter Abel Oliveira

Imagens/fotos e vídeos: Abel Oliveira / Cópias não autorizadas - Lei nº 9.610/98.

Seiko DDD