A Brigada Militar (BM) autuou em flagrante delito o Policial Militar (PM) Monir Antônio Pazze, de 43 anos, em tese, pelo cometimento de crimes previstos no Código Penal Militar (CPM); ameaça, desacato à autoridade militar, injúria e desrespeito a superior hierárquico.
O soldado Monir encontra-se preso, algemado a uma cama de leito do HCI e sob custódia dos próprios colegas. Ele foi levado ao hospital na noite de sábado (5/6), após cerco policial em sua residência, no bairro Herval, por surto psicótico, segundo a BM.
Na comunicação à esposa do soldado autuado, a capitã presidente do flagrante disse que após alta hospitalar o preso deverá ser recolhido ao Presídio Policial Militar (PPM), onde aguardará decisão judicial da Auditoria Militar de Santa Maria sobre manutenção da prisão, ou ordem de soltura.
Na noite dos fatos, a Brigada teria recebido denúncias anônimas de que o soldado Monir efetuava disparos de arma de fogo em/de sua residência. Várias viaturas do policiamento se deslocaram ao local e o cercaram. Diante da resistência do PM às ordens dos agentes em serviço e pelos supostos crimes referidos no Auto de Prisão em Flagrante, ele foi detido ao se entregar, após três horas de negociações.
Com a chegada do policiamento, o PM se trancou em um galpão, junto a mãe, e passou a gravar áudios e publicá-los em grupos de WhatsApp.
Em telefonema à reportagem do Ijuí News, no momento da ocorrência, Monir disse que estava sofrendo perseguição do comando das Unidades de Ijuí e de Santo Ângelo, justificando-as por denúncias que ele teria feito contra alguns oficiais comandantes:
“...não teve tiros nenhum...mandaram chamar o BOPE pra me tirar vivo ou morto...se eles me matarem aqui eu não quero que minha morte fique em vão...eu não vou sair porque eu não fiz nada...eu denunciei que eles estão desviando dinheiro, o comando está desviando dinheiro do Estado...todos vieram aqui dizer que vão me matar”.
Essa é a segunda ocorrência em que o soldado Monir é preso pelos próprios colegas em dez meses.
Na noite de sábado, 15 de gosto de 2020, fato semelhante foi registrado. À época, Monir alegou que teve sua casa invadida para sua condução à Delegacia também por supostos tiros e desacato.
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