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Nossas crianças e as novas tecnologias

Por, Liane Maria Fiorim Comerlato

Matéria Publicada em: 12/02/2017

     Estamos vivendo um momento de muita preocupação na educação de nossas crianças. A exposição excessiva a celulares, internet,  IPad  e televisão está relacionada ao déficit de atenção, atrasos cognitivos, dificuldades de aprendizagem, impulsividade e incapacidade em lidar com sentimentos como a raiva e frustração.

     Além disso, a inércia diária e extensiva, pelas longas horas dedicadas frente a estes aparelhos pode acabar desenvolvendo a obesidade, pelo excesso de tempo que permanecem envolvidas sem atividades físicas.

   As crianças que têm dentro do quarto os estímulos tecnológicos, seduzidas por temas que envolvem violência ficam muito propensas a ter privação de sono, e vivem em ritmo de pensamento acelerado por excesso de estimulação mental, levando a dificuldade de concentração.

      Os pais se queixam que é difícil controlar ou proibir o acesso digital aos seus filhos, porém ao invés da proibição categórica, devem oferecer outras alternativas  para que os dispositivos sejam apenas uma  entre outras atividades da criança, pois elas vão gostar muito de ouvir histórias, brincar no parque, na cascata, explorar os jogos de tabuleiro, aprender a tocar instrumentos musicais, realizar  trabalhos manuais e outros.

   O tempo de qualidade dos pais com os filhos é extremamente importante para a formação da personalidade. Assim, é importante verificar ao tempo que a criança fica exposta a estes estímulos e reconhecer que o brincar tem enorme relevância para o desenvolvimento social, emocional, moral, intelectual e físico da criança pois é brincando que elas conhecem o mundo que as cerca e ampliam sua percepção sobre si mesmas.

   As brincadeiras devem fazer parte da rotina diária, com ênfase na vivência e experimentação, possibilitando o contato com texturas, odores, sabores, os diferentes materiais, o acesso a espaços abertos e a interação fazem com que o desenvolvimento cognitivo se realize de forma adequada.

  Muitas vezes a tecnologia é usada para distrair as crianças, proporcionando momentos de folga aos pais, implicando negativamente na convivência e no diálogo entre os membros da família. Há pais extremamente apegados à tecnologia que não se dedicam a parar, brincar, ler uma história, enfim dialogar com os filhos.

    O uso da tecnologia não pode ser precoce nem exagerado e deve ser adequado à faixa etária, para que não atrapalhe o desenvolvimento e bem-estar de nossas crianças.

   Mesmo que pareça difícil encontrar um ponto de equilíbrio entre o estilo de vida atual, cada vez mais marcado pelo uso de novas tecnologias, os pais devem estabelecer regras e trabalhar para que os filhos não acabem exagerando na quantidade de horas que fazem uso destes, comprometendo de forma muito específica o desenvolvimento intelectual e físico.

Liane Maria Fiorim Comerlato

Professora com formação em Letras/ Especialista em Gestão Escolar e Psicopedagogia.

Psicopedagoga/Docente especialista - Psicoclínica

F: (55) 3332-7826 (55) 98452-6624

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