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Dislexia: Desafios da escola diante desse transtorno de Aprendizagem

Por; Carolina Brasil Fonseca [Professora da Rede Municipal de Ensino da Educação Infantil] e Jamile Cabreira [Professora Da Rede Municipal de Ensino dos Anos Iniciais].

Matéria Publicada em: 10/01/2022
Carolina Brasil Fonseca e Jamile Cabreira, professoras da Rede Municipal.

A dislexia é considerada um Transtorno Específico da Aprendizagem (TEA). Tem origem neurobiológica e afeta diretamente a aprendizagem da leitura e a escrita. Os sujeitos que apresentam o transtorno costumam ter dificuldades ao associar  o som à letra, bem como também trocar letras, ou mesmo escrevê-las em ordem contrária. Essas dificuldades interferem diretamente no processo da alfabetização.

Embora já existam muitos estudos e abordagens teóricas apontando para os sintomas, diagnósticos e formas de tratamento ainda há muita dificuldade em lidar com esse transtorno nos ambientes escolares. É comum ouvir queixas de professores que se sentem impotentes diante das dificuldades apresentadas pelas crianças no processo de sua aprendizagem.

 A falta de políticas educativas direcionadas para este tema, de informações e capacitações específicas sobre esse transtorno são alguns dos fatores que agravam a problemática. O diagnóstico tardio, a falta de um trabalho interdisciplinar com profissionais especializados e o apoio da família também interferem no tratamento e nos avanços da aprendizagem da criança disléxica. Em muitas vezes essas dificuldades apresentadas contribuem para o alto índice de repetência e consequentemente evasão escolar.

O professor, desde que bem instrumentalizado, tem um papel importante na identificação dos sinais da dislexia, pois o contato diário com seu aluno lhe permite observar e identificar com mais propriedade esses sintomas e assim alertar os responsáveis quanto aos encaminhamentos necessários. O apoio da família e de uma equipe interdisciplinar capacitada se faz imprescindível nesse sentido, de modo que a criança seja acolhida e incluída nas práticas pedagógicas no intuito de evoluir no seu tempo e ritmo. Um olhar individualizado, sensível e permeado por práticas pedagógicas que atendam às necessidades da criança disléxica certamente contribuirá para o desenvolvimento das capacidades cognitivas da mesma. Logo, as únicas conclusões possíveis envolvem do  professor atenção, capacitação e atuação, visando o melhor desenvolvimento da criança com dislexia.

Por,

Carolina Brasil Fonseca - Professora da Rede Municipal de Ensino da Educação Infantil-

Jamile Cabreira – Professora Da Rede Municipal de Ensino dos Anos Iniciais

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