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O planejamento de aulas para crianças não alfabetizadas: caminhos para a assertividade

Por Franciele Agnoletto – Pedagoga Senac Ijuí e Cruz Alta

Matéria Publicada em: 27/09/2022
Franciele Agnoletto – Pedagoga Senac Ijuí e Cruz Alta

Planejar aulas para crianças não alfabetizadas, em especial na área de Idiomas, requer um olhar diferenciado por parte do educador. Tempos, espaços e rotinas devem ser considerados na hora do planejamento e é imprescindível avaliar as especificidades da faixa etária, levando em conta o tempo de concentração que cada idade possui.   

A infância, por si só, é permeada por um olhar único para com a vida, cheia de imaginação e de criatividade. Crianças são generosas e nos convidam a adentrar seu mundo, compartilham suas ideias, dividem suas descobertas. Assim, observar, compreender e tentar ver o mundo com os olhos das crianças já é um primeiro grande passo para proporcionar aulas com vivências e significados, tornando o tempo delas nas aulas proveitoso, frutífero e feliz.   

Mas como desenvolver atividades interessantes e eficazes a quem não sabe ler? Simples: usando aquilo que eles mesmos carregam consigo! Por meio dos diálogos das crianças, o educador tem a possibilidade de diagnosticar quais são seus interesses, quais assuntos lhes são atrativos e quais teorias transitórias que estão desenvolvendo. Ainda, é na observação que o professor tem a chance de perceber as lacunas de tempo e vivências ou mesmo detectar momentos de desinteresse no período de aula, embasando assim a construção de um planejamento que atraia as crianças para aprender outra língua.   

Um grande diferencial nos dias de hoje é estar honestamente envolvido com a criança e seus interesses. A cultura educativa ainda, em pleno século 21, desconsidera os conhecimentos e a visão de mundo das crianças, minando sua criatividade ao oferecer estereótipos e atividades mecânicas que em nada contribuem para seu desenvolvimento.  

Há também, uma preocupação em alfabetizar precocemente, tornando esse processo vazio e apurado, tirando das crianças aquilo que mais precisam na infância, que é brincar. Chegamos, assim, a um ponto determinante: é preciso que o educador compreenda a importância que o brincar possui para a criança, pois é o que tem significado para elas e é assim que compreendem, significam e simbolizam sua construção de mundo, de identidade e também de conhecimento.   

Ao concluir as ideias deste breve artigo, talvez fique a impressão de que o planejamento de aulas para crianças pequenas seja mais desafiador do que realmente é, mas, na prática, se nos dedicarmos sinceramente e nos comprometermos com o tempo da criança, perceberemos que este é um dos simples planejamentos da ação educativa, pois crianças nos entregam de bandeja aquilo que desejam aprender. 

Franciele Agnoletto | Pedagoga Senac Ijuí e Cruz Alta

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