O Brasil está enfrentando uma tripledemia, nome dado para a coexistência de três epidemias virais respiratórias: a da Covid-19, causada pelo vírus Sars-CoV-2, a infecção pelo Vírus Sincicial Respeiratório (VSR) e a gripe causada pelo influenza. O mesmo cenário acometeu recentemente os Estados Unidos, gerando preocupação ao sistema de saúde do país.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, Argentina, Chile, Uruguai e Brasil são os países mais afetados pela tripledemia. Nos EUA, que é o país mais atingido no hemisfério norte, as principais vítimas são as crianças, com “aumento acentuado nas hospitalizações pediátricas em todo o país”, segundo a Forbes.
No país norte-americano, as unidades de emergência estão lotadas, fazendo com que a American College of Emergency Physicians (ACEP) e outros 30 grupos médicos enviassem uma carta à Casa Branca pedindo por soluções imediatas.
No Brasil, o cenário também é de aumento dos casos de doenças respiratórias. De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), houve uma alta de 134% no número de novas infecções por COVID-19 na semana dos dias 6 a 12 de novembro, em relação à semana anterior.
Além disso, o Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira passada (10), também sinaliza o aumento nos casos de VSR (26,1%), de influenza A (14,8%) e de influenza B (0,5%).
A boa notícia é que esses três vírus não são novos. Tanto o influenza, quanto o VRS circulam no Brasil há décadas, enquanto o Sars-CoV-2 está presente no país desde 2020, ano de início da pandemia. Os três possuem manifestações muito semelhantes, incluindo coriza, febre, dor nos olhos, dor de cabeça, dor de garganta e obstrução nasal.
Outro fator semelhante entre os três vírus é a forma de transmissão: através das vias áreas do corpo (gotículas provenientes de espirros, tosse e fala) e pelo contato direto com secreções de pessoas infectadas ou objetos contaminados com o vírus.
Portanto, a forma de se proteger durante esse período de tripledemia inclui os seguintes cuidados:
Além disso, no caso da influenza e do coronavírus, a vacinação também é uma forma de prevenção. Os imunizantes para ambas as vacinas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde. Para COVID-19, já podem ser aplicadas doses para crianças de até seis meses de idade. No caso da gripe, todos os anos é necessário receber uma nova dose. Para isso, há campanhas anuais de vacinação, promovidas pelo Ministério da Saúde.
Escrito por Gabriela Maraccini Analista Editorial | Minha Vida Saúde
Graduada em Jornalismo pela PUC-SP, com experiência na cobertura e produção de conteúdos sobre saúde, bem-estar, maternidade, alimentação e fitness.
Verão 2024/2025 começa hoje, sábado (21)