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Postado por ABEL OLIVEIRA
Com decisão monocrática do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), o governo do RS deve bater o martelo com a assinatura de contrato que define a venda da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), nesta sexta-feira (7/7). A medida visa à prevenção e antecipação a ventuais contratempos no Judiciário.
Nesta quarta, o presidente do Tribunal, Alexandre Postal, acatou um pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e suspendeu a cautelar expedida em dezembro pela conselheira relatora, Ana Moraes, que impedia a efetivação da venda. O leilão da estatal ocorreu em dezembro. Quase oito meses depois, o consórcio Aegea, que venceu a disputa, ainda não conseguiu assumir a companhia.
Dentro do TCE, entretanto, a decisão de Postal, deve gerar debates. Como o presidente da Corte suspendeu a cautelar com base em um artigo do regimento interno que permite que isso ocorra em situações de excepcionalidade, a decisão vai, agora, ser submetida ao Pleno do Tribunal, em 12 de julho.
Já o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Geraldo Da Camino, que durante a semana havia recomendado manter a cautelar, disse na noite desta quarta-feira que analisa a possibilidade de recorrer da decisão de Postal. No parecer, ele entendeu que persistem as dúvidas sobre a precificação da Corsan, e cobrou análise mais aprofundada de dados como a cobertura de esgoto atual – o que também embasou o valor de venda da estatal.
Governador se manifesta
O governador Eduardo Leite se pronunciou, no início da noite, sobre a decisão de Postal. Para ele, a medida repõe uma decisão da sociedade (através da representação legislativa). “Os deputados são representantes do povo gaúcho e tomaram a decisão de encaminhar a companhia à privatização”, declarou.
Ainda conforme Leite, a cobertura estadual em saneamento básico está muito atrasada e não há mais tempo a perder. “A gente quer viabilizar investimentos que, só neste ano de 2023, podem chegar a R$ 1 bilhão com a participação do setor privado. Por isso, é hora de virar essa página, e assinarmos esse contrato. O Estado não vai se ausentar, ele continua com um papel de fiscalização, de regulação. É importante mencionar isso. A privatização não é ausência do Estado, ele se coloca numa outra posição. O setor privado assume e nós colocamos o poder público para fiscalizar e garantir que o contrato seja cumprido”, acrescentou.
FONTE Correio do Povo e Rádio Guaíba
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