▶️▶️ Nesta terça-feira, 8 de abril de 2025, às 14h, será realizada no Fórum de Ijuí a audiência do processo criminal em que o vereador Jorge Gilmar Amaral de Oliveira (PP) é réu por violência política de gênero contra a vereadora suplente Débora Oliveira (PT). A denúncia foi aceita após investigação da Polícia Federal (PF) concluir que o parlamentar utilizou suas redes sociais durante a campanha eleitoral de 2024 para difamar Débora, associando sua imagem a conteúdos depreciativos e ofensivos, com o objetivo de prejudicar sua candidatura.
A audiência, que ocorrerá na sala de audiências da 2ª Vara Cível do Fórum de Ijuí, incluirá o depoimento de testemunhas arroladas tanto pela acusação quanto pela defesa. Pela acusação, serão ouvidos Edio Rui Nehring, Mara Cristina Knebel, Mário Gabriel de Mello Dal Molin, Rosangela Vargas Rodrigues e Sady Xavier da Cruz. Pela defesa, as testemunhas são Bruna Gubiani, Marildo Kronbauer, Cláudio Souza (secretário de Educação de Ijuí) e Régis Alex Mattioni (técnico legislativo da Câmara de Vereadores de Ijuí).
Em março, a Justiça Eleitoral da 23ª Zona Eleitoral de Ijuí já havia cassado o mandato de Jorge Amaral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social, tornando-o inelegível por oito anos. A decisão foi baseada na divulgação de um vídeo considerado ofensivo contra Débora Oliveira durante as eleições municipais de 2024. A defesa do vereador recorreu da decisão, permitindo que ele permaneça no cargo até o julgamento do recurso pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Porto Alegre.
A defesa de Jorge Amaral argumenta que a publicação em questão foi uma manifestação pessoal, sem intenção de desinformar ou atacar adversários políticos, e que o conteúdo foi removido espontaneamente após algumas horas. Eles afirmam que recorrerão da decisão, confiando na reversão da sentença da 23ª ZE pelas instâncias superiores.
A audiência desta terça-feira é um desdobramento do processo criminal relacionado às acusações de violência política de gênero, que seguem em curso paralelamente ao processo eleitoral. O caso tem gerado debates sobre a conduta ética de representantes públicos e a necessidade de combater práticas que desrespeitem a integridade e a participação das mulheres na política.
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