A volta às aulas pode ser um momento de intensa empolgação vivenciado pelas crianças, e adolescentes, mas por outro lado, essa experiência pode ser encarada de maneira dolorosa, causando angústia e interferindo na rotina dos estudantes.
A resistência em ir para a escola é o primeiro sinal que os pais precisam atentar para perceber se há alguma dificuldade em enfrentar esse momento. Algumas vezes pode aparentar que a criança está com preguiça, ou que não gosta da escola, mas em poucos casos trata-se de manha ou frescura. Por trás destes comportamentos há um sofrimento que nem mesmo o estudante percebe.
Independentemente da idade, crianças que têm uma ansiedade além do normal sofrem com pesadelos e mudam radicalmente a rotina de sono e o padrão de alimentação. As mais velhas podem se isolar ou ficar mais ríspidas, irritadas e até mesmo mais tristes. Nesse caso, vale conversar com a escola para entender se algo grave ocorreu no passado.
Quando nem mesmo a perspectiva de reencontrar amigos ou voltar a fazer atividades que seu filho gosta na escola é capaz de animá-lo, e a angústia é excessiva, vale prestar mais atenção, principalmente se a resistência continuar mesmo depois da primeira semana na escola.
Conversar com a criança para entender se há algum motivo mais sério, como o medo de sofrer bullying, medo do desconhecido, ou até um transtorno de ansiedade, é importante. Quando o sofrimento da criança no ambiente escolar se torna intenso, com alterações do sono, dores de barriga, crises de choro, que ultrapassam os primeiros dias de volta às aulas, fica claro que a criança precisa de auxílio profissional.
Carla Fiorim Comerlato
Psicóloga e Psicopedagoga
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Centro Profissional Ijuí.