O sentimento de frustração e não pertencimento ao grupo formado na escola é completamente perturbador para o desenvolvimento da criança, dentro de uma perspectiva de pensar no seu futuro acadêmico. Após ser penalizado dias e anos repetindo uma situação de fracasso é certo que este aprendente acabará sendo vencido pela desoladora sensação de fracasso.
Este sentimento provém de certa forma e algumas vezes, de uma inatividade da família e da escola em tomarem as atitudes adequadas para os ajudarem na identificação das causas por que a aprendizagem não está acontecendo dentro das etapas esperadas.
Tanto para dificuldades como para transtornos existem meios de examinar, detectar e caracterizar a severidade dos casos. Após a comprovação através de testagens e com o auxílio de especialistas, as estratégias e intervenções serão planejadas de acordo com o perfil das habilidades e dificuldades de cada aluno.
As atividades individualizadas e adequadas especificamente às causas da não aprendizagem fazem com que sejam resgatadas partes de um processo que anteriormente não se concretizou. Além do realinhamento do desempenho cognitivo, haverá consequentemente uma melhora no emocional dessa criança. Pois o não aprender gera muita ansiedade, frustração e até mesmo pode levar à depressão.
Mesmo quando seja diagnosticado um transtorno, que é inato, permanente e de caráter hereditário, como a dislexia, discalculia, disgrafia e outros, existem formas pontuais e bem determinadas de realizar um suporte para melhorar os sintomas.
A atuação dos adultos responsáveis é de fundamental importância para realizar um controle adequado sobre os acontecimentos da vida escolar de seus filhos, a falta deste controle faz com que estes fiquem vulneráveis, numa posição de incapacidade e inadequação frente às situações, deixando-se dominar pela baixa estima, desmotivação e apatia.
Liane Maria Fiorim Comerlato
Professora com formação em Letras/ Especialista em Gestão Escolar e Psicopedagogia.
Psicopedagoga/Docente especialista - Psicoclínica