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Polícia Civil conclui que policial rodoviário de Cruz Alta foi morto por “fogo amigo”

Delegado Josuel Muniz, responsável pelo caso da morte do sargento Viana, deu por concluído o inquérito nesta sexta (18), após receber laudo de reconstituição do IGP.

Matéria Publicada em: 18/05/2018
Imagem da reconstituição da morte do sargento Viana (no detalhe à direita). Fotos: PC e arquivo Ijuí News.

A 1ª DP de Cruz Alta concluiu nesta sexta-feira (18) a investigação da morte do sargento da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) Náurio Adão Garcia Viana, aos 47 anos, ocorrida na data de 21 de agosto de 2017, em tentativa de abordagem de veículo roubado.

De acordo com o delegado Josuel Muniz, que coordenou a investigação, o IGP finalizou o laudo da reprodução simulada dos fatos (reconstituição). No relatório conclusivo dos peritos consta que há indícios relevantes de que o disparo que matou o policial tenha sido mesmo efetuado por um de seus colegas de abordagem.

O delegado Muniz destaca que, embora o laudo não diga, categoricamente, que o disparo foi “fogo amigo”, ele ressalta a dificuldade que o suspeito Leomar Rempel teria, em movimento, de manejar arma longa.

Ainda refere o fato importante de um dos PMs da Guarnição Militar estar utilizando espingarda calibre .12 (doze) - com a qual efetuou disparo -, mesmo calibre da munição que atingiu a vítima Viana.

Diante das conclusões da perícia, com novos elementos trazidos ao inquérito, o delegado Muniz indiciou o PM que portava e efetuou disparo com a arma calibre 12 por homicídio culposo, no âmbito do Código Penal Militar.

A pena prevista para o caso é de um a quatro anos de detenção. Assim, o policial, em tese, autor da morte, vai responder a processo no âmbito da Justiça Militar Estadual.

Para Josuel Muniz, a conduta de Leomar Rempel, de jogar o veículo em alta velocidade contra o sargento morto, o leva com tranquilidade a seu indiciamento por tentativa de homicídio doloso, triplamente qualificado, mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, para assegurar a impunidade de outro crime e cometido contra agente de segurança pública.

A pena para homicídio qualificado é de 12 a 30 anos de reclusão, com a redução de um a dois terços, devido a não consumação.

O inquérito será remetido ao Poder Judiciário, o qual dará vista ao Ministério Público (MP), que tem 15 dias para oferecer denúncia contra Leomar, ou não.

O sargento Viana foi atingido por disparo de arma de fogo e morreu quando uma guarnição da PRE, em frente ao Posto Policial de Cruz Alta, na ERS-342, tentava parar um veículo Ford/Fusion, roubado horas antes em Santo Ângelo/RS, e que estava sendo dirigido por Leomar Rempel.

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