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Dificuldades de aprendizagem

Por, Liane Maria Fiorim Comerlato | Neuropsicopedagoga/ Psicopedagoga Clínica

Matéria Publicada em: 24/11/2019

Durante o ano letivo há muitos problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, quando os resultados são negativos, passam a ser rotulados pela própria família, professores e colegas. É fundamental que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo.

As dificuldades podem estar relacionadas a fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado.

A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

Os aprendentes com dificuldades de aprendizagem sentem-se muitas vezes frustrados, envergonhados perante o grupo de colegas e amigos, incorporando uma baixa estima à insegurança nas ações.

Temos a considerar como as principais dificuldades e transtornos:

- Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.

- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras, consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.

- Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem sequências lógicas.

- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.

- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como consequência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.

- TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais.

A identificação e descoberta podem ser feitas por pais e professores, porém os diagnósticos devem ser emitidos por profissionais habilitados como médicos, psicólogos e psicopedagogos, que têm uma importante incumbência no auxilio às famílias para que seus filhos consigam desenvolver com sucesso seu desempenho acadêmico e uma vida de maiores possibilidades.

Liane Maria Fiorim Comerlato

Neuropsicopedagoga/ Psicopedagoga Clínica

Seiko DDD