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Servidora da DPE é a primeira mulher paraciclista da história do Campeonato Gaúcho de Ciclismo

Francieli Franke Kreutz, analista loteada na comarca de Santa Rosa, conquistou o primeiro lugar na modalidade de handbike.

Matéria Publicada em: 25/08/2021
Francieli Franke Kreutz supera limitação física. Foto: Ascom/DPE/RS.

Com pioneirismo e representatividade, a analista Francieli Franke Kreutz, de 33 anos, tornou-se a primeira mulher na categoria de paracilismo H3 do Campeonato Gaúcho de Ciclismo de Estrada. A competição foi realizada no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul, no dia 15 de agosto.

Ela é analista processual da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) desde 2019, mas já atuava na instituição como técnica em 2018 na comarca de Santa Rosa, região noroeste do estado. Ela também é integrante da Comissão de Acessibilidade e Inclusão (CPAI) da instituição. Francieli Kreutz, ou Fran, como seus colegas de trabalho carinhosamente apelidaram, nasceu com deficiência congênita nos membros inferiores, por isso utiliza próteses nas pernas.

Durante a infância, ela passava os seus dias pedalando sobre as duas rodas. Devido a sua deficiência congênita nos membros inferiores, que a fazia usar uma prótese somente na perna direita, ela precisava utilizar bicicletas pequenas, para poder apoiar a perna esquerda no chão e pedalar. Conforme foi crescendo, foi necessário estacionar a bicicleta, pois sua perna esquerda não alcançava o chão nos modelos maiores.

Em abril deste ano, após acompanhar algumas competições paralímpicas, a analista resolveu encomendar uma handkibe sob medida fabricada em São Paulo. E foi andando com a sua nova bicicleta que Fran foi notada pela equipe de ciclismo de estrada Raptors, que buscavam novos integrantes e viram nela uma oportunidade de promover a inclusão e a representatividade no esporte.

Desde que eu topei participar da equipe eu comecei a andar mais de bike e treinar bastante”, ressalta. “Não é porque temos uma limitação física que não tem nada de esporte pra gente fazer”.

Quanto ao título, a atleta confessa estar um tanto receosa com o seu pioneirismo. Mesmo com as inúmeras pesquisas realizadas, para confirmar o feito, ela se mostra tímida ao dizer que foi a primeira mulher a vencer na modalidade de paraciclismo H3.

Eu já olhei. Pesquisei. Acho que já perguntei umas dez vezes pra todo mundo se eu sou realmente a primeira no estado e todo mundo diz que sim. Eu tenho um pouco de medo dessas histórias, vai que estão inventando coisas. Mas eles me garantiram, então eu acredito”, afirma.

Francieli já planeja participar de futuros campeonatos e conta que pretende treinar muito mais para os próximos. Os colegas de equipe já sonham com as paralimpíadas de Paris, que ocorrerão em 2024 e ela não descarta a possibilidade. Além de sonhar com as próximas competições, a campeã almeja ser exemplo e inspiração para mais pessoas.

Andar de bicicleta e sentir o vento no rosto é excepcional. Esse é um prazer que, geralmente, pessoas com deficiência de mobilidade não sentem e eu quero fazer mais pessoas perceberem que podem sentir isso”, afirma.

Assessoria de Comunicação Social

Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul

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