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Jovem de Ijuí foi executado em Cruz Alta por trair facção do tráfico de drogas

Com o inquérito em fase de conclusão, delegado da PC Josuel Muniz já prendeu o mandante, o executor e um ijuiense que levou Felipe Dias para a morte em Cruz Alta, em agosto do ano passado.

Matéria Publicada em: 11/02/2022
Delegado da PC Josuel Muniz preside o inquérito da morte de Felipe Dias (foto E). Fotos: Arquivo/Ijuí News.

A Polícia Civil (PC) identificou e prendeu três indivíduos envolvidos na execução do jovem morador de Ijuí Felipe Dias Gonçalves, de 21 anos, cujo corpo foi encontrado no bairro Tamoio, em Cruz Alta, em agosto do ano passado.

Corpo com marcas de tiros encontrado em mato de Cruz Alta é de jovem ijuiense

O inquérito parcialmente concluído foi instaurado pela PC em Cruz Alta, sob a presidência do delegado de Polícia Josuel Muniz, que teve apoio de autoridades e agentes policiais de Ijuí.

As investigações chegaram a três indivíduos supostamente partícipes da ação criminosa; um mandante, o executor e a pessoa que transportou a vítima ao local do assassinato.

O corpo da vítima Felipe, com marcas de quatro tiros, na cabeça e no abdômen, foi encontrado em Cruz Alta na tarde do dia 12 de agosto de 2021, logo após ele ter sido dado como desaparecido pela mãe, na Delegacia de Ijuí.

O trabalho conjunto dos investigadores do delegado Josuel Muniz e da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ijuí chegou à identidade do indivíduo que levou a vítima em um veículo até Cruz Alta.

Com a prisão preventiva decretada, esse, de 27 anos, de Ijuí, se apresentou. Segundo a Polícia, ele poderia ter agido em troca de uma motocicleta supostamente prometida por traficantes pelo serviço.

No depoimento, confirmou o transporte da vítima, o que teria feito apenas em forma de carona, sem ter conhecimento do plano de morte dela.

Segundo a Polícia, as investigações apontam claramente como motivação do crime a guerra de facções do tráfico de drogas; Felipe fazia parte da facção dos “MANOS” e traficava drogas. Porém, fazia alguns dias que também traficava para uma facção rival - “BALA NA CARA”. A traição na negociata de drogas gerou quebra de confiança da primeira facção, que teria o sentenciado à morte.

A investigação, então, chegou a um dos executores e ao mandante do crime. O executor, de 18 anos de idade, natural de Porto Alegre/RS, preso por outro motivo dias depois da morte de Felipe, é membro da facção do mandante, de 32 anos, natural de Erval Seco/RS. “MATA RINDO”, como ele é conhecido, comandava as ações de dentro da Penitenciária Modulada de Monte Negro/RS.

O indivíduo que levou Felipe até Cruz Alta apresentou-se com advogado, em 27 de janeiro último, sendo recolhido à Penitenciária Modulada de Ijuí.

O delegado Josuel Muniz já indiciou o partícipe natural e residente em Ijuí, pelo crime, em tese, de homicídio doloso qualificado mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, previsto no art. 121, par. 4.º, do Código Penal Brasileiro, cuja pena varia de 12 a 30 anos de reclusão.

Nos próximos dias deverão ser concluídas as diligências, com o indiciamento dos outros dois investigados.

Segundo a defesa do indiciado de Ijuí – o que levou a vítima a Cruz Alta -, patrocinada pelos advogados criminalistas Nasser Jalil e Jocenei de Moraes, não há provas contra o cliente e os elementos que embasaram a prisão preventiva são superficiais e não se sustentam. Aduzem que irão provar a inocência do indiciado.

Já o mandante e o executor da morte de Felipe ainda não constituíram defensor.

Fotos/vídeos: Cópias não autorizadas | Lei nº 9.610/98.

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