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Relatório da CPI da UPA aponta suposta negligência médica no caso da morte de Taísa Protti

O Ministério Público poderá tipificar a conduta da médica Deborah Caroline Angonese como crime culposo, se convicto do conjunto probatório, ou arquivar o caso.

Matéria Publicada em: 22/03/2024
Reprodução/arquivo/arte Ijuí News.

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Postado por ABEL OLIVEIRA

Na manhã desta quinta-feira (21/3), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de investigar supostas irregularidades na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas de Ijuí, em decorrência do falecimento da médica veterinária Taísa Cristini Protti, realizou sua última reunião com a apresentação do relatório final.

A relatora, vereadora Bruna Gubiani, apresentou a conclusão da investigação que restou aprovada por todos os integrantes da CPI.  O documento de 16 páginas contém todas as provas documentais e depoimentos das testemunhas ouvidas no curso da investigação. Com a aprovação, o relatório será encaminhado ao Ministério Público (MP).

A CPI da UPA encontrou evidências na "... falta de gestão acerca da condução de contratação e oferta de formação profissional através de treinamentos periódicos para atuação na UPA"Também descreveu como "... precária, e por vezes, inexistente, a comunicação entre a Unidade Básica de Saúde e UPA".

A Comissão de Inquérito preservou decisão judicial que resguardou o direito constitucional da médica de não depor à comissão, todavia, a mesma indica suposto caso de negligência médica com base nos elementos colhidos dos depoimentos e provas materiais trazidas aos autos, indicando assim a forma negligente que foi realizado o atendimento, levando Taísa ao óbito, a qual não teve a realização de exames básicos que inclusive estão disponíveis na UPA.

Provocado, o Ministério Público (MP) poderá tipificar a conduta da médica Deborah Caroline Angonese como crime culposo, se convicto do conjunto probatório, ou arquivar o caso. 

O CASO

A médica veterinária de Ijuí Taísa Cristini Protti, de 40 anos, morreu em casa na manhã do dia 7 de julho, menos de 24 horas depois de liberada da Unidade de Pronto Atendimento – UPA -  da cidade.

Antes, no dia 6, a paciente procurou atendimento no Centro Social Urbano (CSU) acusando falta de ar e dor no peito (saturação baixa).  Ela, então, foi encaminhada com urgência à UPA com pedido de exames, como eletro e raio X.

A família, que comunicou o caso à Polícia Civil (PC), disse que na UPA não foram realizados os exames sugeridos pela UBS: “Ficamos 4h esperando, a mãe reclamando, e quando a médica a atendeu não deu atenção aos pedidos dos exames... disse que era ansiedade e liberou a Taise mediante indicação de omeprazol”.

No exame físico da UPA, de acordo com o protocolo das 13h27min, a paciente foi avaliada fisicamente:

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